Amigos?

Recentemente li uma postagem do meu tio sobre amigos. Ele usou a famosa frase (que eu não sei de quem é): Diga-me com quem andas e te direi quem és (ou dir-te-ei como ele usou). Até aí, tudo bem, até concordo (em certa parte). Ele então fez a relação da frase acima com as redes sociais, e se mostrou surpreso por descobrir certas relações de "amizade".
Aí eu discordo. Não acho que meus "amigos" do Orkut sejam parâmetro de comparação para saber quem ou como sou. Muitas vezes somos impelidos a adicionar certos "contatos" como amigos nestas redes sociais. Família é um exemplo clássico. Alguns familiares não são exatamente o tipo de pessoa que gostamos, ou que chamaríamos de amigo. Mas são da família, e se você não os adiciona nestas redes sociais, situações constrangedoras como: "Ahh te adicionei, mas tu não aceitou.. algum problema?" Acontecem (e sim já aconteceram comigo, seja porque eu não queria adicionar a pessoa, ou porque como não entro quase no orkut acabei não adicionando a tal pessoa). No meu Orkut talvez o que mais me defina seja realmente a resposta a pergunta (ridícula diga-se de passagem) "quem eu sou", ou mesmo a minha infinita rede de comunidades. Não as comunidades em si, mas o nome e/ou descrição delas. No facebook ainda menos. Tenho pessoas adicionadas que nem sequer conheço, ou as quais falei uma ou duas vezes no máximo.
Enfim, o que quero dizer é que realmente não é em redes sociais que podemos achar os amigos de alguém. E nem tenho certeza se os amigos (ou conhecidos) de uma pessoa podem realmente defini-la. Conheço tantas pessoas absolutamente diferentes. pessimistas, otimistas, alegres, alguns até um pouco arrogantes. Mas gosto de todos, de uma forma ou de outra. Se alguém tentasse me entender através dos meus amigos (ou ao menos das pessoas que eu considero minhas amigas), ficaria bem confuso.... E eu acho isso ótimo, porque não somos simples, somos pessoas complexas e confusas. Somos seres humanos, e por isso não podemos ser encaixados em estereótipos ou classificações simples. Concordo que há certos tipos de pessoas que eu não conseguiria me relacionar de tal forma a chamá-las de amigas. Mas mesmo assim.