Bom já que discussões foram abertas, coloco aqui um caso que ocorreu nos estados unidos, logo em baixo a minha opinião sobre o assunto. Deixem as suas também...
Em Chicago/EUA, no dia 10 de 0utubro de 2002 ocorreu um transplante renal intervivos que apresentou uma característica extremamente peculiar. A doadora do rim é a atual médica da receptora.
A receptora de 34 anos, de origem latina, era de pequena estatura e tinha algumas características imunológicas que dificultavam a sua compatibilidade com doadores cadáveres. Era mãe de dois filhos. Ela era tratada em outro local que a encaminhou ao Centro Médico da Universidade Loyola em janeiro de 2002.
A médica de 56 anos, que doou o rim, é nefrologista e trabalha na área de transplante renal do Centro Médico da Universidade Loyola de Chicago/EUA. Ela é casada e tem três filhos. A sua motivação para doar iniciou durante a sua formação médica quando uma colega com morreu de insuficiência renal por não obter um órgão para transplante, mesmo tendo um irmão compatível. Esta médica ficou responsável pelo atendimento da paciente desde a sua chegada no Centro. Ela também tem baixa estatura e após se testar, sem avisar a paciente, verificou que era compatível imunologicamente. Antes de tomar qualquer decisão verificou o estado renal de seus filhos, para afastar qualquer possibilidade, no momento, de que eles viessem a necessitar uma doação. Todos estavam bem. Informou ao seu marido e aos filhos a sua decisão, somente então falou para a paciente sobre a sua disponibilidade em fazer uma doação intervivos.
A paciente aceitou e o transplante foi realizado. Após a sua realização a médica continuou atendendo a paciente que recebeu seu rim no acompanhamento pós-operatório mensal.
O caso da médica Susan Hou é muito peculiar. A discussão principal não é se ela deveria doar o órgão para um paciente (alguém que já fora seu paciente), mas sim o fato de ela doar o órgão para alguém que é sua paciente e continuará sendo. Este é o problema central, o fato de um médico doar um órgão para um paciente que continua como sua responsabilidade. Nunca antes se ouviu falar de outro caso assim, em que um médico doe um órgão á um paciente. Há casos em que um médico doa um órgão (como rim) para um familiar, mas esta pessoa não fica sendo sua paciente.
Mesmo a médica tendo avaliado a situação, buscando patologias em suas filhas, e buscando o apoio da família antes de comunicar a paciente desta possibilidade, o fato de permanecer como médica da paciente pode limitar o direito da paciente de decidir livremente sobre sua pessoa, seu tratamento ou mesmo o questionamento de sua melhora. O atual “código de ética médica”, não possui respalde específico para este caso. Porém no Art. Número 16 do código de ética profissional de medicina, diz:
“ Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital, ou instituição pública, ou privada poderá limitar a escolha, por parte do médico, dos meios a serem postos em prática para o estabelecimento do diagnóstico e para a execução do tratamento, salvo quando em benefício do paciente.”
Isto poderia justificar a escolha por parte da médica (se ocorresse no Brasil), mas o código de ética também diz que é proibido ao médico:
“Art. 56 - Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente perigo de vida”.
Me pergunto se esta paciente se sentiria a vontade se quisesse discordar de algo no tratamento, e que reação teria a médica se notasse que a paciente não está respeitando condutas prescritas. Imagine, você é médica da paciente, doou um órgão à ela, e mais tarde você descobre que a paciente na está seguindo as orientações. Como se ela desperdiçasse o rim que você deu. A médica poderia tomar atitudes não muito condizentes.
Acredito que neste caso, a melhor alternativa seria que a médica abdicasse do cargo de terapeuta da paciente, assim o transplante poderia ser executado sem que outros fatores fossem envolvidos. Acredito que a médica agiu movida apenas por emoções, já que ficou muito entristecida com a doença e morte de sua colega na faculdade. Talvez ela não tenha olhado o lado da paciente, pelo menos não de uma perspectiva mais posterior. Neste caso a médica agiu para ela e não para a paciente. É óbvio que tendo a chance a paciente aceitaria o transplante, pois ela precisava do transplante o mais rápido possível, e não havia encontrado outros doadores compatíveis. Mesmo a paciente não teve tempo suficiente para pensar na possibilidade da médica ser sua doadora. Na verdade ela pode até mesmo ter pensado, e ponderado que seria um preço baixo a se pagar pelo transplante.
Acredito que foi uma decisão extremamente equivocada, e que deveria ser vetada pelo hospital devido às futuras implicações. E principalmente acredito que uma médica com a experiência profissional e com um cargo tão importante não poderia tomar tais atitudes.
Bom ignorem erros porque isso fooi o rascunho hehehhe
2 comentários:
Assim, eu acho q esse é o tipo de situação que só pode ser avaliado decentemente se aproximando mais da situação.
Pode, e é bem provavel até, que tudo o que foi dito esteja correto. Provavelmente ela estava agindo sob influencias de emocoes resultantes da morte da amiga.
Mas também é possivel que ela e sua paciente tenham uma relação mais proxima,ou que por alguma cargas dagua a saude da paciente estivesse piorando e precisasse do transplante logo. Ou n n n coisas, mas realmente n me importo.
Essa doação pode influenciar no paciente na escolha e avaliacao do medico? Pode, mas não deve, assim como uma relação de amisade, ou familiar, ou etc. Não deve,embora em gral influencie, mas n acho q deveria ser o fator mais importante na escolha,no pior caso se perde a amizade e salva-se uma vida. Por que, mesmo a medica tendo doado,o paciente "n deve" ao medico, e deve agir de acordo para a escolha do seu medico.
O medico, como qualquer doador, deve saber dos riscos do "estraviamento" do seu orgão.
E eu acho q eles devem ter uma amizade, até pq a medica n deve ter apenas essa paciente com esse problema..
Enfim, isso deve estar muito dificil de entender pq to escrevendo de noite E vendo uma entrevista, entao beijos e ate + :D
Na verdade os fatos são os que estão no caso. Elas não eram amigas, o que levou a escolha foi o biotipo parecido...
Bom vou deixar voces discutirem mais.. hehehhe
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